Agonia e desespero
Mãe!... minha mãe ... imagem divina!
Adeus, ó santa mãe, eu parto agora...
Tu ficas a chorar a toda a hora,
E eu, mãe... pertenço á morte que domina!
No chores, pois foi Deus que me chamou,
Ao seu reino celeste, lá do céu!
Onde só entram filhos como eu...
E ficarás sabendo para onde vou!
Desço querida mãe, à campa fria,
Pois já sofri demais... mais não mereço!
Parto, vendo em redor a desventura!...
Quão diferente sou eu daquele dia,
Em que me embalavas, mas... no berço,
E hoje me beijas na sepultura!
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Filho!... querido filho!... a mãe levada,
Em doloroso pranto pede em vão,
Seu filho já defunto num caixão...
Transformado nas trevas... ou do nada!
E essa mãe com olhos de "ébrio” perde o norte!
Mete dó vê-la assim na sua dor;
Braços erguidos em preces ao Senhor,
Tentando em vão, tirar o filho Morte!
Mas o filho partiu e a desgraçada
Cai numa cadeira, desmaiada...
Ante o ataúde, do filho muito amado!
Baralha o pensamento, volta, em suma.
E as lágrimas vão caindo, uma a uma,
Sobre o sou manto de luto carregado!
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